Dissertações

Permanent URI for this collection

Browse

Recent Submissions

Now showing 1 - 15 of 15
  • Item
    RISCO SOCIO AMBIENTAL DO USO E OCUPAÇÃO DE TERRAS INUNDÁVEIS NA ZONA URBANA DO MUNICÍPIO DE LICHINGA (2021 A 2022)
    (2023) Nelito João Nhamombe
    O meio ambiente urbano é o espaço construído e que tem sido modelado em seu detrimento pelo homem, o crescimento populacional e urbano não planeado, trouxeram consigo consequências desta expansão urbana que geram o comprometimento dos espaços urbanos e do meio ambiente natural. Dentre os factores que contribuíram para o caos urbano tem-se o modelo capitalista que ocasionou a utilização da natureza de maneira predatória, comprometendo os recursos naturais e criando estruturas que podem colocar em risco a sobrevivência dos seres humanos. A pesquisa desenvolvida teve como objectivo avaliar o risco socio ambiental do uso e ocupação de terras inundáveis na zona urbana do município de Lichinga no período de 2021 á 2022, procurando entender como se deu o processo do uso e ocupação de terras inundáveis. No entanto a pesquiza teve uma abordagem qualitativa, baseou-se na revisão bibliográfica, documental, trabalho de campo, registros fotográficos da área, consubstanciada pelas técnicas de observação directa e a entrevista constituíram as técnicas de recolha de dados. A sua interpretação e a construção de gráficos foram através da SPSS versão 21 e Microsoft Excel 2010, pelos resultados obtidos verificou-se que a maioria dos morados são indivíduos que frequentam ou já frequentou o ensino secundário geral, com baixa renda sem emprego, com um rendimento abaixo de 100$ mensal, precariedade habitacional, deficiência de saneamento básico. Despejo de esgoto e deposição de resíduos sólidos no leito do rio e nas valas de drenagem, aterramento e a extração da areia em áreas inundáveis causado deste modo impactos socio ambiental no local. No entanto, conclui-se que as condições de moradias são precárias e que os problemas socio ambientais são decorrentes, as famílias que reside nessas áreas acabam exposta a uma série de riscos à sua segurança e à sua saúde, além de contribuir para a degradação do meio ambiente natural. Palavras-chaves: Inundação; socio ambiental, risco.
  • Item
    O ENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO NA GESTÃO DA TÉCNICA DE TRINCHEIRA NA MITIGAÇÃO DE CONFLITOS HOMEM-FAUNA BRAVIA NA RESERVA ESPECIAL DO NIASSA
    (2023) Almiro Hugo Cardoso
    O presente trabalho resulta de uma pesquisa realizada na aldeia de Mbamba, localizada no distrito de Mecula, na Província de Niassa. Esta aldeia apresenta casos de conflitos com a fauna e está representada maioritariamente por duas espécies diferente, nomeadamente elefantes e búfalos. Os conflitos reportados nesta aldeia, acontecem em campos de produção e aldeia comunal, devido a proximidade da aldeia aos cursos de água e fontes de alimentos da fauna. Assim, a fauna para sobreviver tem sido forçada a fazer incursões na aldeia causando ferimentos e perdas de vidas humanas e invasão aos campos de produção, pondo em causa a segurança alimentar e nutricional das famílias rurais. De forma estratégica e devido a localização da aldeia de Mbamba, foi escolhida pelos moradores a construção da técnica de trincheira de modo a reduzir os conflitos existentes naquela região. A pesquisa teve por objectivo de avaliar o nível de envolvimento comunitário na gestão da técnica de trincheira na mitigação de conflitos homem-fauna bravia na aldeia de Mbamba, no período de 2019 que teve o início da construção da trincheira na aldeia ao ano de 2023 período que a trincheira já exerce o seu pleno funcionamento. De forma específica pretendeu-se: i) caracterizar a técnica de trincheira implementada na aldeia de Mbamba; ii) descrever o papel comunitário na gestão da técnica de trincheira; iii) Aferir junto da comunidade o nível actual de conflitos com a introdução da técnica de trincheira; e iv) sugerir medidas de garantia de desempenho dos mecanismos de participação da comunidade local na gestão da técnica de trincheira e dos recursos naturais. Com uma abordagem metodológica usando o método dedutivo, a pesquisa baseou-se na análise documental, consubstanciada pelas técnicas de observação directa e diálogo em forma de entrevista a 50 pessoas, envolvendo moradores e fiscais da Reserva afectos na aldeia, bem como o registo de imagens fotográficas. Das análises e observações feitas concluiu-se que: a trincheira de Mbamba é uma escavação feita em forma de vala, usando medidas e técnicas apropriadas na escavação. Os moradores da aldeia de Mbamba no desempenho do seu papel como colaboradores, desempenham diversos papéis tais como: monitoria na gestão da caça furtiva, controlo de fogo em queimadas descontroladas, gestão de animais problemáticos, realização de limpezas e manutenção da vala, entre outras actividades. Os moradores assumem que, a trincheira trouxe tranquilidade na comunidade, actualmente as pessoas conseguem dormir e produzir dentro da aldeia de forma segura, participam activamente na gestão da técnica de trincheira e dos recursos naturais e tem a sua representatividade pelos comités de gestão comunitária de recursos naturais. O sucesso da conservação na Reserva Especial do Niassa, depende do desenvolvimento de estratégias de coexistência de longo prazo na gestão de conflitos homem-fauna bravia, que beneficiem tanto a comunidade quanto a vida selvagem. O trabalho conclui que, o envolvimento da comunidade de Mbamba na gestão participativa da técnica de trincheira, procede-se através do envolvimento de alguns membros da comunidade local em comités de gestão comunitária de recursos naturais tais como: comités de pesca e de florestas e fauna bravia, sendo que, todos estes prestam contas aos conselhos locais de gestão de recursos naturais. Palavras-chave: Envolvimento comunitário; Gestão da trincheira; Mitigação; Conflitos homem-fauna bravia.
  • Item
    MODELOS DE GESTÃO DA ZONA DE AMORTECIMENTO DA RESERVA ESPECIAL DO NIASSA: CASO DO POSTO ADMINISTRATIVO DE MUAQUIA -DISTRITO DE MAJUNE
    (2023) Presseguido Bunaia Matiaco
    O processo de conservação da biodiversidade em áreas de conservação conduz ao estabelecimento de uma área de amortização. No contexto conservacionista, a zona de amortecimento corresponde a uma faixa de terra que separa duas entidades geográficas, biogeográficas ou políticas diferentes. A nível internacional, vários tratados e convenções foram e estão sendo levados a cabo no sentido de salvaguardar ambientes florestais e faunísticos por via da conservação e delineamento de áreas protegidas. Foi nesse sentido que se realizou esta pesquisa com intuito de analisar o modelo de gestão da zona de amortecimento da reserva Especial do Niassa adoptado no Distrito de Majune. Para realização deste trabalho, baseou-se na abordagem quali-quantitativa na qual se fez uma triangulação metodológica, do fenomenológico hermenêutico ao cartográfico. Os resultados mostraram que a zona-tampão é gerida pelo Estado o que significa dizer que a responsabilidade recai sobre este, porém, este modelo gestão (gestão pelo Estado) é caracterizado por gestão através de uma Instituição Pública em que os recursos são provenientes do Orçamento Geral do Estado podendo, ser aceites fundos doados por outras entidades públicas ou privadas, os quais podem também providenciar assistência técnica e apoio na implementação das prioridades de gestão. Em termos operacionais, este modelo mostra-se ineficiente no que cerne a conservação da biodiversidade aliado à fragilidade de fiscalização, exiguidade de recursos e conhecimento técnico deficiente. O comité de gestão de recursos naturais criado está dependente do próprio Estado, da assistência técnica e apoio de organizações da sociedade civil comprometendo sobremaneira a sustentabilidade do mesmo equiparado aos objectivos da sua criação. Palavras-chave: Modelos. Gestão. Zona de amortecimento.
  • Item
    IMPACTOS SOCIO AMBIENTAIS DAS PRATICAS DA AGRICULTURA DE SUBSISTENCIA NAS COMUNIDADES: CASO DA LOCALIDADE DE MESSALO
    (2023) Isabel Fernando Mapapä Jamisse
    A agricultura de subsistência ou familiar em Moçambique, e localidade de Messalo sendo parte integrante é caracterizada essencialmente por baixos rendimentos, não uso de tecnologias de produção, em que a força de trabalho é familiar. Esta actividade é de capital importância para o desenvolvimento das nações, e tendo grande contribuição nas vertentes económica, social e ambiental. No entanto as práticas de derruba e queimada aliada ao aumento da densidade populacional têm estado a criar pressão sobre as florestas para a expansão das machambas. Dai a razão da pesquisa que tem como objectivo avaliar os impactos sócio ambientais das práticas de agricultura de subsistência na localidade de Messalo com vista a propor medidas que culminem com a realização de agricultura sustentável. Metodologicamente o estudo é baseado na abordagem qualitativa, modalidade de estudo de caso, e de natureza aplicada, materializado pelo procedimento da consulta bibliográfica e pesquisa documental, pelas técnicas de entrevista semi-estruturada, questionário e observação directa. A pesquisa é exploratória o que contribuiu na descrição do perfil dos agricultores, as características da agricultura familiar e os impactos sócio ambientais, aonde usou se o programa ArcGis versão 10.8 para analisar o uso e cobertura de terra. Constatou se o prestígio social, consumo de produtos orgânicos, conflito homem fauna bravia, nomadismo, baixo padrão de vida como impactos sócias e, erosão, desflorestamento, degradação florestal como impactos ambientais. As queimadas figuram tanto nos impactos sociais bem como ambientais. Em média regista se a perda de 2,107.58ha/ano de floresta fazendo com que esta deixe de sequestrar cerca de 21,075.8ton/ano de CO2 correspondente a 7.9% a mais que a média nacional de 0.59%. Se a dinâmica de todas as variáveis manter se constante em menos de 35 anos não haverá florestas na localidade prejudicando o ambiente e as futuras gerações porque neste momento existe 75,778.23 há. Como soluções locais propõe se a produção em bloco, rotação de culturas, uso de adubo verde, sistemas agro florestais, criação de fontes alternativas de rendimento como a exploração do mercado de carbono, canalização constante dos 20 % da taxa de receitas consignadas de florestas e fauna bravia bem como a comercialização de produtos de valor acrescentado. Se todos os intervenientes neste processo de produção de alimentos e manutenção de florestas, fauna e biodiversidade (MADER, MITADER, MOPH, MINEDH, os governos a nível da província e distritos, os produtores, sociedade civil e liderança local) se engajarem e juntarem sinergias poderá ser mitigada a situação. Palavras-chave: Agricultura de subsistência; desflorestação, queimadas, agricultura sustentável e impactos sócio ambientais.
  • Item
    ESTUDO DO CONFLITO HOMEM E O MEIO AMBIENTE RESULTANTE DA MINERAÇÃO ARTESANAL DE OURO NO DISTRITO DE LAGO: ESTUDO DE CASO DA LOCALIDADE DE LUPELICHI
    (2023) Nelson Bonifácio Picardo
    O presente trabalho tem como objectivo geral compreender o conflito homem e o meio ambiente resultante da mineração artesanal em Lupilichi, tendo em vista a mitigação dos problemas ambientais resultantes desta actividade. Fala-se actualmente do uso sustentável dos recursos naturais o que também envolve a questão mineira, assim sendo mostra-se importante estudar a relação entre o homem e o meio ambiente sobretudo na exploração dos recursos naturais que mostra-se não sustentável. A pesquisa é exploratória e de carácter experimental e envolve técnicas de colecta de dados como observação directa, inquérito por questionário e revisão bibliográfica, numa abordagem qualitativa. Os resultados mostram que a mineração artesanal em Lupilichi caracteriza-se por ser uma exploração feita por grupos de associados ou cooperativas usando como técnicas de exploração o aluvionar e o primário. Pode-se afirmar que existe conflito entre o homem e meio ambiente em Lupilichi, na medida em que toda acção que o homem exerce sobre a actividade mineira tem sobre si o retorno da reacção do ambiente. Para resolver os conflitos entre o homem e meio ambiente é necessário seguir rigidamente o regulamento de exploração mineira artesanal em Moçambique E por isso, chama-se atenção aos órgãos competentes para intervenção no sentido de reverter o cenário. Palavras-chave: Mineração Artesanal, Ambiente, Ouro, conflito.
  • Item
    Conteúdos de educação ambiental nos contos em Ciyao dentro da Reserva Especial do Niassa. Caso do Distrito de Mecula
    (2023) Andrew Mkanage
    O presente trabalho foi realizado em cinco comunidades do distrito de Mecula e tem como objectivo geral, compreender conteúdos de educação ambiental contidos em contos falados em Ciyao na Reserva Especial de Niassa. Os objectivos específicos são: explicar a importância da valorização de conteúdos de educação ambiental contida em contos; caracterizar a reserva especial de Niassa; analisar o conteúdo de educação ambiental dos contos Ciyao dentro da REN. A pesquisa deste trabalho é de natureza qualitativa de tipo descritivo. Foi feita análise de conteúdo que envolveu análise descritiva da temática ambiental, com apoio de bibliografia de referência, observação durante a recolha de contos em rodas de conversa e entrevista semi-estruturada. Participaram na recolha e interpretação de contos um total de 100 pessoas de diferentes faixas etárias. Os contos foram analisados tendo em conta o conteúdo, a contextualização e a interpretação dos mesmos pela comunidade. Foram analisados 26 contos, dos quais, 8 são relevantes para os objectivos deste trabalho pois contêm conteúdos de educação ambiental. Os temas identificados nestes contos foram, a interacção homem e natureza, especificamente o conflito entre o homem e a vida selvagem, o desflorestamento e a caça ilegal e as relações ecológicas, com destaque para a cadeia alimentar, o equilíbrio ecológico e os componentes do ecossistema. As línguas usadas na narração de contos mostram que o Ciyao falado em Mecula sofre influência de outras línguas como Emacua e Kiswahili, o que pode significar que a probabilidade de algum desses contos serem falados por outras etnias, fora do distrito, é maior. Palavras-chave: Educação ambiental; Contos; Reserva especial de Niassa; Mecula; Contos em Ciyao
  • Item
    A FRAGMENTAÇÃO DOS HABITATS ECOLÓGICOS CAUSADA PELA AGRICULTURA NÃO SUSTENTÁVEL NA RESERVA ESPECIAL DO NIASSA (REN)
    (2024) Alberto Muchanga
    O presente trabalho analisa a fragmentação dos habitats ecológicos através da agricultura na Reserva Especial do Niassa (REN). O estudo foi realizado com o auxílio de programas de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), como o QGis, através do plugin Landscape Ecology Statistics (LecoS), que permitiu a estimação de métricas da paisagem selecionadas criteriosamente para a aplicação. A análise dos padrões espaciais foi realizada por imagens, em formato raster (.TIF) através do MODIS Land Cover Type Product (MCD12Q1), que disponibiliza um conjunto de dados científicos que mapeiam a cobertura terrestre global em uma resolução espacial de 500 metros num intervalo de tempo anual. Para o cálculo das métricas da paisagem, foram selecionadas as métricas de área, proximidade e de diversidade. O mapeamento foi realizado por interpretação visual e classificação manual de composições de imagens coloridas adquiridas dos anos entre 2001 e 2022 correspondente ao período em estudo. A vegetação que domina o distrito é a savana com 87.99 %, seguem-se as áreas de pastagem com (8.57 %) e as florestas decíduas com (1.46 %). A floresta sempre verde, floresta mista e a savana apresentam um crescimento com cerca de 192.89 %, 240.78 % e 20.88 % respectivamente entre 2001 e 2022, favorecendo o crescimento da dinâmica das espécies que ocorrem nesta formação vegetal. As restantes classes foram convertidas a sua área de cobertura e quatro classes considerando o matagal fechado e aberto, mosaicos de áreas agrícolas/vegetação natural e solos expostos. A agricultura itinerante praticada no distrito de Mecula, não é a causa principal da fragmentação de habitat no distrito. Palavras-chaves: Fragmentação, métricas da paisagem, habitats, conservação da biodiversidade, uso e cobertura de terra.
  • Item
    MECANISMOS DE ORIENTAÇÃO TERRITORIAL ADOPTADO PELO CONSELHO MUNICIPAL DE LICHINGA E A INFLUÊNCIA NA FORMA DE OCUPAÇÃO DO BAIRRO N’ZINJE (2019 -2023)
    (2023) Almeida João Almeida
    A pesquisa surge num contexto que a cidade de Lichinga nos últimos verifica-se a prevalência de ocupação informal e desordenada, contribui assim, para o surgimento de problemas ligados ao saneamento do meio e a falta de infra-estruturas básicas. Neste sentido, o objectivo do estudo é de avaliar os mecanismos de orientação territorial adoptado pelo Municipal de Lichinga e a influência na forma de ocupação do bairro N’zinje. Metodologicamente a pesquisa foi guiada por uma abordagem indutiva predominantemente qualitativa e, assim, recorre-se da análise bibliográfica e documental, da aplicação de entrevista mediante ao uso de um questionário previamente elaborado e observação directa. Recorreu-se ao auxílio da geotecnologia para a análise do padrão do uso e ocupação do bairro N’zinje no período de 2019 a 2023 numa escala de 1: 20 000. O resultado do padrão do uso e ocupação do território mostrou que as novas áreas habitacionais que surgiram no período em análise caracterizam-se por uma ocupação indiscriminada do meio físico, tais como, margens dos rios, nascentes e locais com declividade bastante acentuada. A entrevista realizada aos gestores do Município de Lichinga constatou-se que a orientação na forma de ocupação do território é feita mediante o uso dos instrumentos jurídico-legais (Lei e Regulamento de Terra, Ordenamento Territorial e Regulamento de Solo Urbano), bem como, realizam-se actividades de controlo e fiscalização para evitar que os diferentes actores (autoridades comunitárias e a sociedade no geral) ocupem áreas consideradas não prioritárias para a construção de habitações. Também, recorrem ao relevo do território (plano) para o parcelamento de terra. Contudo, constatou-se que os mecanismos de orientações territoriais (instrumentos jurídico-legais, controlo e fiscalização, e o relevo) adoptadas pelo Município influenciam na forma de ocupação do bairro N’zinje. Os instrumentos jurídico-legais apresentam conteúdos bastantes generalizados, não condizendo assim com a realidade do território, por este motivo os mesmos instrumentos aconselham a elaboração de planos de ordenamento territorial, isto, evita a definição de actividades de forma espontânea. Relativamente ao controlo e fiscalização pouco se verifica devido à falta de recursos económicos para sua implementação. Quanto ao relevo, pouco se observa o respeito desta variável na implantação de assentamentos urbanos. Palavras-chave: Ocupação do território, Mecanismo de orientação, Município, Bairro N’zinje
  • Item
    MODELO DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA EMERGÊNCIA DA NOVA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA VILA DE CHITIMA
    (2024) António Diniz Manhepe Sande
    Em Moçambique, apesar da existência de decretos e regulamentos que estabelecem os padrões e normas com relação aos Resíduos sólidos, a gestão continua sendo um problema ambiental com impacto directo na qualidade de vida da comunidade. O crescente aumento da população na Vila de Chitima, implica no crescimento do nível de geração de resíduos sólidos. Nesta vila os resíduos sólidos têm sido depositados em locais impróprios para a sua deterioração. O trabalho procurou analisar o modelo de gestão de resíduos sólidos adoptados, face aos níveis de crescimento da Vila de Chitima e da nova estrutura administrativa. Para tal, inicialmente foram realizadas visitas de campo e entrevistas semi-estruturadas aos dois técnicos, da área de gestão dos resíduos sólidos residentes. O inquérito foi realizado no período entre Maio e Junho de 2023 e o questionário foi aplicado a 33 famílias e 11 vendedores residentes na Vila de Chitima seleccionados de forma aleatória. Os resultados mostram que o nível de geração de resíduos sólidos regista níveis de crescimento, situando-se em 0,3kg/hab/dia. Um modelo sustentável para gestão de resíduos sólidos na Vila de Chitima passa por uma acção participativa, que para o seu efeito deve incluir a prática da educação ambiental, a criação de associação de catadores, à introdução de transportes de resíduos sólidos de baixo custo, e estabelecimento de parcerias com instituições públicas ou privadas. O modelo que se adequa a realidade da Vila de Chitima é modelo de gestão participativa. Palavras-chave: Modelo, Resíduos Sólidos, Estratégias, Chitima.
  • Item
    Gestão dos recursos pesqueiros: Avaliação da Contribuição prática do Programa de Co-gestão na Comunidade de Messumba, 2023
    (2024) Carlitos Alberto Mabote
    O escopo deste trabalho é avaliar a contribuição prática do programa na comunidade de Messumba. Especificamente o trabalho caracterizou a pesca artesanal; descreveu as formas de participação da comunidade no programa; compreendeu a avaliação que a comunidade faz do programa e; sugeriu acções que permitem melhorar o programa na comunidade de Messumba. A investigação é do tipo qualitativa, mediante estudo de caso do tipo descritivo. O grupo de investigação constituiu-se por 35 participantes, divididos em três grupos, pescadores, líderes comunitários e membros do CCP. A co-gestão de pesca é um arranjo de gestão pelo qual indivíduos e instituições interagem para tomar decisões colectivas sobre gestão de suas pescarias. É vista como um processo normativo para melhorar a legitimidade e a eficácia da gestão de recursos e visa optimizar a utilização dos recursos pesqueiros e assegurar a sua preservação para benefício dos próprios utilizadores e das gerações vindouras. Os resultados apontam que a pesca artesanal na comunidade de Messumba se caracteriza por ser uma actividade praticada com redes e barcos feitos à mão ou técnicas rudimentais, com ou sem embarcação, que pode ser motorizada ou não. Através do programa de co-gestão, a comunidade participa na elaboração de planos, nas reuniões, nas acções de fiscalização e monitoria, no cumprimento das regras estabelecidas pelo programa, na mobilização da comunidade para a sua organização e para a participação em reuniões, e sensibilização dos pescadores e da comunidade sobre práticas sustentáveis e para a criação de grupos de pescadores. A comunidade avalia positivamente o programa ao considerar que o programa permitiu eliminar o uso de artes predatórias e ter melhorado o clima relacional entre as comunidades pesqueiras e o governo. O programa contribuiu para a promoção de boas práticas como sejam, os usuários de recursos têm o direito legal de organizar e criar regras, existência nas comunidades de um mecanismo para tratar de conflitos, a co-gestão conduzida de forma equitativa, aberta e transparente, existência de um plano de co-gestão desenvolvido e acordado pelos usuários dos recursos/participantes da co-gestão por meio de um mecanismo participativo. Entretanto, o programa de co-gestão dos recursos pesqueiros contribui para despertar a consciência das comunidades pesqueiras sobre práticas sustentáveis de extração e conservação dos recursos pesqueiros. Palavras-chave: Co-gestão das pescarias; contribuição prática; comunidade pesqueiras.
  • Item
    Perfil Microbiológico, Físico-Químicos das Fontes de Água das Regiões Baixas do Bairro de Muchenga.
    (2024) Carlos Miguel Chicumbi
    O presente trabalho visa analisar os parâmetros Físico-Químicos e Microbiológicos da água dos poços localizados nas zonas baixas do Bairro de Muchenga. Este estudo foi realizado no laboratório do centro de Higiene Ambiental de Lichinga em parceria com os laboratórios do IIAM e o IAL. Foram submetidas a análises físico-Químicos e microbiológicas 32 amostras de água colectadas na época chuvosa e seca. O critério de amostragem utilizado foi a escolha aleatória dos poços que se encontravam na zona baixa. As amostras foram colectadas no ano de 2023, nos meses de Abril para época chuvosa e Julho para a época seca. Ainda que em épocas diferentes, as amostras foram colectadas sobre os mesmos poços de modo a permitir uma comparação justa dos parâmetros em análise. Os dados foram analisados usando o pacote estatístico SPSS que permitiu fazer o teste de normalidade e estatísticas emparelhadas de cada parâmetro, nomeadamente a condutibilidade eléctrica, pH, turvação e coliformes fecais. Os resultados indicam que a condutibilidade, a turvação, os coliformes fecais apresentam valores altos, com o aumento a registar-se na época chuvosa devido a introdução de partículas arrastadas pelas águas das chuvas das zonas altas para as baixas, bem como pelo incremento na dissociação de outras substâncias presentes no interior dos poços. Palavras – Chave: Parâmetros de qualidade, Poços, Água, Zonas baixas.
  • Item
    AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SÓCIO AMBIENTAIS NO LOCAL DE EXTRACÇÃO DE ARGILA NO BAIRRO CHIULUGO, CIDADE DE LICHINGA (2010-2022)
    (2023) Francisco Américo
    A presente pesquisa é o resultado de um trabalho levado a cabo durante dois anos que chamou a sensibilidade do candidato ao grau académico de mestre, a realizar várias visitas ao local para observar e avaliar os impactos sócio ambientais que decorrem em consequência das actividades humanas relacionadas com a extracção de argila no Bairro de Chiulugo na Cidade de Lichinga, no intervalo compreendido entre 2010 a 2022. O local situa-se no distrito de Lichinga, no Posto Administrativo Urbano número 1 - Sanjala, dentro do Município do mesmo nome. Pretende-se fazer avaliação da situação actual em comparação com o passado, para aferir as mudanças ocorridas sobre a paisagem e os processos erosivos causados sobre o solo que vai degradando áreas que eram terrenos, onde os moradores do local se dedicavam a prática agrícola, através das actividades para subsistência familiar. Para o efeito, foram elaboradas algumas perguntas em forma de questionário e entrevistas não estruturadas com a intenção de colher a sensibilidade e/ou sentimento dos residentes face ao fenómeno, as quais foram respondidas e que concretizaram na elaboração do presente trabalho. Neste estudo, foram descritas as principais actividades que ocorrem na extracção da argila e os impactos adversos que concorrem na alteração do meio ambiente, uma vez que foram apresentadas as evidências a partir da caracterização e representação cartográfica. Essa etapa visou essencialmente demonstrar o local da pesquisa face aos impactos decorrentes da extracção da argila, tais como: a modificação da paisagem, falta de acções de recuperação de áreas lavradas, corte de vegetação nativa em épocas remotas. Desta forma, identificou-se as áreas de maior fragilidade ambiental, as pequenas porções de machambas e hortas que correm o risco de não existirem, associado à disposição do relevo como declive junto ao rio que se localiza à jusante do local de extracção que eventualmente sofre a contaminação das suas águas. A extracção da argila traz ainda significativas mudanças no quadro natural do local onde ocorre actividade no Bairro Chiulugo, denotando a falta de acções concretas e urgentes que ajudem a recuperação do meio ambiente e mitigar os impactos sócio ambientais que ocorrem sobre o local. Palavras-Chave: Impactos, Socioambientais, extracção, mudanças, argila, Chiulugo.
  • Item
    Integração da concertação social na gestão territorial: uma análise da actuação entre o Município e as autoridades comunitárias na cidade de Lichinga (2019 à 2023)
    (2024) Janeiro Sacataria Nicasse
    O presente trabalho parte da valorização da adopção da abordagem participativa e colaborativa no processo de gestão territorial ,na medida em que favorece aprendizagem e desenvolvimento prático de diagnósticos colectivos e planos de intervenção para a construção de agendas sócio ambientais locais. Diante da prevalência da ocupação do território de forma desordenada e por vezes sem observância das condições ambientais, neste trabalho procura-se reflectir sobre o papel da concertação social na gestão territorial, a partir da análise da forma de actuação entre o Município e as autoridades comunitárias. Assim, buscou-se avaliar a integração da concertação social na gestão territorial, com o foco na reflexão sobre a actuação entre o Município e as autoridades comunitárias no contexto da cidade de Lichinga. De forma específica, efectuou-se a caracterização da concertação social no contexto da gestão territorial; a descrição da actuação do Município e das Autoridades Comunitárias no processo de ocupação de parcelas de terra, como requisitos fundamentais para a identificação do nível de articulação entre o Município e as autoridades comunitárias no processo de ocupação de parcelas de terra, entendido como uma das variáveis de Gestão Territorial. Para a materialização deste trabalho, recorreu-se a abordagem qualitativa, com auxilio do método dialéctico, da pesquisa bibliográfica, documental e de campo. O trabalho de campo foi consubstanciado pela realização da observação e aplicação de entrevistas semi-estruturadas. Os resultados possibilitam identificar a prevalência de uma fraca integração da concertação social no processo de gestão territorial, fundamentalmente entre os principais actores com poder prático sobre a alocação de parcelas de terra, refere-se aqui a articulação entre o Município e as Autoridades Comunitárias, cuja participação é avaliada como simbólica. Palavras-chave: Participação. abordagem colaborativa. Concertação Social. Gestão territorial. Lichinga
  • Item
    RISCOS ASSOCIADOS A MINERAÇÃO DE OURO: CASO DA LOCALIDADE DE LUPILICHI
    (2024) Silvino de Aguiar Francisco Bonomar
    A mineração é uma actividade considerada como base da economia de determinada comunidade e representa o desenvolvimento socioeconômico. O processo resulta da extração e beneficiamento de minerais que se encontram em estado natural: sólido, líquido e gasoso, que a sua exploração pode ser feita em minas subterrâneas e de superfície (a céu aberto). Os actores da mineração estão expostos a uma série de riscos, os quais podem estar relacionados aos acidentes provocados por explosões, queda de rochas, ruído, exposição ao pó, má iluminação, deficiência de ventilação, entre outros, representando a mineração uma das atividades mais perigosas. Desta feita, realizou-se a presente pesquisa com intuito de avaliar os riscos associados à mineração do ouro em Lupilichi, em relação ao grau de conhecimento que os mineradores têm acerca das ameaças a que estão expostos. Para realização do trabalho, baseou-se na abordagem qualitativa, que foi resultante da colheita de dados através de observação de fenómenos e processos que ocorrem na região, bem como de entrevistas semi-estruturadas dirigidas aos mineradores, comerciantes, autoridades locais e membros da comunidade local. Através das variáveis idade, sexo, nacionalidade, função/papel na comunidade e o tempo de permanência no local, o estudo faz uma análise e descreve o processo de mineração de ouro, os riscos associados a esta actividade, bem como a perceção que existe sobre o risco da mesma. Os resultados do estudo mostram que a mineração constitui a principal fonte de rendimento para os mineradores e comerciantes, para além de constituir a fonte de melhoria das condições nas comunidades locais. Contudo, ela é assumida como perigosa a vários níveis (ambiental, social e económico), por causa das técnicas usadas no seu processo, e pelo que, a permanência da actividade é sustentada com algumas práticas que permitem minimizar os efeitos e a convivência com o risco. A presença de cidadãos tanzanianos é a causa principal para observância do fenómeno de aculturação na área de estudo, bem como o contrabando do ouro para este país vizinho. Palavras-chave: Risco. Mineração. Ouro. Lupilichi.
  • Item
    PRÁTICAS FAMILIARES DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS: CASO DA VILA MUNICIPAL DE MANDIMBA
    (2023) Xavier Estróleo Waceda
    Nas últimas décadas regista-se um elevado crescimento populacional, com sérias repercussões nos processos de gestão dos resíduos sólidos gerados nas zonas urbanas de vários países do mundo. O objectivo geral deste estudo é compreender as práticas familiares de gestão de resíduos sólidos na Vila Municipal de Mandimba. E tem como objectivos específicos: identificar os tipos de resíduos sólidos produzidos pelas famílias na Vila Municipal de Mandimba; descrever as práticas familiares de gestão dos resíduos sólidos na Vila Municipal de Mandimba; e propor modelo sustentável de gestão dos resíduos sólidos das famílias na Vila Municipal de Mandimba. Em termos metodológicos, o estudo é de natureza mista, portanto, quali-quantitativa, do tipo exploratório. Quanto aos métodos de abordagem, o estudo é indutivo e, quanto aos métodos de procedimento, o estudo baseou-se nos métodos bibliográfico e estatístico. A recolha de dados foi baseada na aplicação das técnicas de questionário, pesquisa bibliográfica, documental e observação directa. Os resultados mostram que os resíduos gerados pelas famílias da vila de Mandimba são compostos por resíduos orgânicos (62.9%), plásticos (22.9%), vidros e metal (8.3%), caixas (4.3%), pilhas e lâmpadas (1.4%) e, por conseguinte, as famílias adoptam práticas de gestão dos resíduos sólidos como: deposição em lixeiras a céu aberto (35.7%), aterramento dos resíduos nos quintais (27.1%), acondicionamento do lixo em sacos e caixas (14.3), contentores (11.4%) e queima dos resíduos (10.0%), estas práticas não são precedidas pela segregação dos resíduos tornando-as inadequadas ao meio ambiente e à saúde pública. Assim, diante da realidade da prevalência de práticas familiares inadequadas de gestão dos resíduos sólidos, bem como da fraca capacidade do município na gestão dos resíduos, o estudo propõe que na Vila de Mandimba seja desenvolvido um modelo de gestão sustentável dos resíduos sólidos em que as práticas familiares são enquadradas no sistema integrado do município que obedeça sete etapas principais, como: redução da geração na fonte; segregação na fonte; deposição primária; recolha; transporte; destinação final e educação ambiental. Entende-se que a gestão colaborativa entre o Estado/Município e a famílias afigura-se importante para uma gestão integrada e sustentável dos resíduos sólidos na Vila de Mandimba. Palavras-Chave: Resíduos Sólidos Urbanos, Práticas de Gestão; Sustentabilidade, Vila de Mandimba