IMPACTOS SOCIO AMBIENTAIS DAS PRATICAS DA AGRICULTURA DE SUBSISTENCIA NAS COMUNIDADES: CASO DA LOCALIDADE DE MESSALO

Abstract
A agricultura de subsistência ou familiar em Moçambique, e localidade de Messalo sendo parte integrante é caracterizada essencialmente por baixos rendimentos, não uso de tecnologias de produção, em que a força de trabalho é familiar. Esta actividade é de capital importância para o desenvolvimento das nações, e tendo grande contribuição nas vertentes económica, social e ambiental. No entanto as práticas de derruba e queimada aliada ao aumento da densidade populacional têm estado a criar pressão sobre as florestas para a expansão das machambas. Dai a razão da pesquisa que tem como objectivo avaliar os impactos sócio ambientais das práticas de agricultura de subsistência na localidade de Messalo com vista a propor medidas que culminem com a realização de agricultura sustentável. Metodologicamente o estudo é baseado na abordagem qualitativa, modalidade de estudo de caso, e de natureza aplicada, materializado pelo procedimento da consulta bibliográfica e pesquisa documental, pelas técnicas de entrevista semi-estruturada, questionário e observação directa. A pesquisa é exploratória o que contribuiu na descrição do perfil dos agricultores, as características da agricultura familiar e os impactos sócio ambientais, aonde usou se o programa ArcGis versão 10.8 para analisar o uso e cobertura de terra. Constatou se o prestígio social, consumo de produtos orgânicos, conflito homem fauna bravia, nomadismo, baixo padrão de vida como impactos sócias e, erosão, desflorestamento, degradação florestal como impactos ambientais. As queimadas figuram tanto nos impactos sociais bem como ambientais. Em média regista se a perda de 2,107.58ha/ano de floresta fazendo com que esta deixe de sequestrar cerca de 21,075.8ton/ano de CO2 correspondente a 7.9% a mais que a média nacional de 0.59%. Se a dinâmica de todas as variáveis manter se constante em menos de 35 anos não haverá florestas na localidade prejudicando o ambiente e as futuras gerações porque neste momento existe 75,778.23 há. Como soluções locais propõe se a produção em bloco, rotação de culturas, uso de adubo verde, sistemas agro florestais, criação de fontes alternativas de rendimento como a exploração do mercado de carbono, canalização constante dos 20 % da taxa de receitas consignadas de florestas e fauna bravia bem como a comercialização de produtos de valor acrescentado. Se todos os intervenientes neste processo de produção de alimentos e manutenção de florestas, fauna e biodiversidade (MADER, MITADER, MOPH, MINEDH, os governos a nível da província e distritos, os produtores, sociedade civil e liderança local) se engajarem e juntarem sinergias poderá ser mitigada a situação. Palavras-chave: Agricultura de subsistência; desflorestação, queimadas, agricultura sustentável e impactos sócio ambientais.
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