Teses de Doutoramento

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    Gestão de currículo local: práticas e percepções dos gestores e professores nas escolas A e B
    (2022) Mondlane, Atália Maria Fernando Saide
    A implementação do Currículo Local como uma das inovações do ensino básico em Moçambique tem suscitado inúmeros debates tendo em contas vicissitudes no campo da educação. Diante das controvérsias assistidas, o presente estudo procurou compreender como os gestores e professores das Escolas do ensino básico A, na Cidade de Maputo, e B, no Distrito de Boane, Província de Maputo, fazem a implementação e a gestão do Currículo Local (CL) atendendo que os gestores escolares são a força motriz para dinamizar esta inovação. O trabalho apresenta as percepções dos gestores e professores das escolas referidas em relação à gestão do CL. O estudo visa responder a seguinte questão: Como os gestores e professores garantem a gestão do currículo local a partir das estratégias adoptadas nas escolas estudadas. Com base na teoria pós-crítica com enfoque multiculturalista, a pesquisa foi desenvolvida recorrendo a uma metodologia qualitativa e interpretativa, na modalidade de estudo de caso. Os resultados mostraram que os gestores estão cientes do seu papel enquanto responsáveis da escola na gestão do conhecimento do CL. A luz das orientações constantes no Manual sobre a abordagem do CL, a Direcção da escola coordena com os demais intervenientes a gestão e implementação do currículo local. Apesar das responsabilidades assumidas, ainda persiste a dúvida sobre a eficácia do CL nas escolas estudadas. De facto, a pesquisa constatou que o gestor e a comunidade não participam de forma activa na gestão do CL, o que sobrecarrega os professores como os actores principais na gestão e implementação do mesmo.
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    Actividades Complementares ao Currículo no Ensino Básico: Análise das percepções dos actores sobre as funções de gestão para a sua implementação no IIIº ciclo do Ensino Primário, entre 2018 á 2019
    (2022) Liasse, Ornila Domingos Verol Sande
    Se levarmos em consideração que as Actividades Complementares ao Currículo (ACC´s) constituem elementos que agregam valor à educação dos alunos, então estas precisam de ser geridas de forma participativa e por vários intervenientes do processo educativo. A presente tese versa sobre as funções de gestão para a implementação das ACC´s no IIIº Ciclo do Ensino Primário. As funções referenciadas: Analisar, Decidir, Concretizar a decisão, Avaliar o desenvolvimento e os resultados que decorrem da decisão, Prosseguir, reorientar ou abandonar a decisão tomada, têm sido desenvolvidas a vários níveis de gestão (ROLDÃO & ALMEIDA (2018). Os principais teóricos utilizados nesta pesquisa foram SACRISTÁN (2000), ZABALZA (2000), GÓMEZ & SACRISTÁN (2007) e ROLDÃO & ALMEIDA (2018). O estudo foi orientado pela seguinte questão: Que percepções têm os actores sobre a gestão das ACC´s no ensino primário, concretamente no IIIº ciclo? O objectivo principal consistiu em analisar as percepções dos actores escolares face às funções de gestão para implementação destas actividades a partir de um estudo empírico realizado em uma escola do Ensino Primário, no Distrito Municipal KaMubukwane, ao longo de 2018 e 2019. A base metodológica de investigação foi a abordagem qualitativa usando procedimentos de observação, análise documental e entrevistas. As fontes de pesquisa compreenderam as de natureza documental e os sujeitos que constituíram actores na implementação do currículo na escola. Da parte de fontes documentais destacam-se a Lei 4/83 de 23 de Março, a Lei 6/92 de 6 de Maio, a Lei 18/2018 de 28 de Dezembro, o Plano Estratégico da Educação, o Plano Curricular do Ensino Básico e os relatórios de actividades desenvolvidas na escola. Em relação aos sujeitos da pesquisa, destacam-se actores escolares (membros da direcção da escola: Director da escola e Director-Adjunto Escolar; professores; alunos e membros do Conselho de Escola) e de organizações da sociedade civil que desenvolvem ACC´s na escola. A pesquisa concluiu que as ACC‘s são uma componente de realce para a aprendizagem significativa para todos os alunos com maior destaque para aqueles que têm uma destreza diferenciada na aquisição de saberes inerentes ao currículo prescrito. Outrossim, o sucesso da sua implementação é assegurada pela democratização da escola. As tipologias das ACC‘s são uma selecção conjunta, predominando a valorização da participação dos diferentes actores escolares.
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    Resposta Educativa às Necessidades de Estudantes com Deficiência no Ensino Superior: Um Estudo Baseado nas Vivências e Práticas Numa Universidade em Moçambique
    (2021) Simbine, Lúcia Suzete
    Este estudo foi desenvolvido no âmbito do Programa de Doutoramento em Educação/Currículo, versando sobre o tema Resposta Educativa às Necessidades de Estudantes com Deficiência no Ensino Superior: Um Estudo Baseado nas Vivências e Práticas numa Universidade em Moçambique. O mesmo tinha como objectivos conhecer a resposta educativa oferecida aos estudantes com deficiência numa instituição de Ensino Superior em Moçambique, propor e sugerir mecanismos de transformação da Universidade em um verdadeiro centro de promoção de uma Educação Inclusiva, respeitando a diversidade. Realizou-se numa das Faculdades da Universidade escolhida para pesquisa, tendo como suporte metodológico o paradigma interpretativo – naturalista de cunho qualitativo. Para a recolha de dados recorri à entrevista, dirigida a três estudantes com deficiência e a técnica de observação de campo; os dados foram analisados através de análise de conteúdo, fazendo-se, posteriormente, cruzamento entre a informação dos dois instrumentos de recolha de dados e a literatura consultada. Assim, concluí que: Os espaços físicos e os materiais necessitam de ser adaptados para assegurarem uma Educação Inclusiva de qualidade, sendo que existem muitas barreiras arquitetônicas e falta de equipamentos adequados. Há necessidade de organização de um sistema de (auto)advocacia pelo direito e melhorias nas condições de ensino – aprendizagem para os estudantes com deficiência dentro da Universidade. Em 2019 foram identificados 56 com diferentes tipos de deficiência. O acesso à instituição dependeu da facilidade de inserção, influência de colegas de escola e vagas específicas e as escolhas dos cursos tiveram por base as possibilidades futuras de trabalho e à ideia de advogar pelos direitos de cidadãos e uma sociedade mais inclusiva. Nenhum dos participantes fez conhecer a sua condição ou particularidades, sendo que os docentes, os gestores e toda a comunidade foram sabendo da existência destes estudantes a partir dum primeiro contacto directo. A presença de estudantes com deficiência na instituição causa um misto de impacto, negativo no princípio devido às inferências em volta da deficiência e mais tarde torna-se um impacto positivo resultante da entrega, dedicação e aplicação destes estudantes na aprendizagem. Quanto às relações sociais, estas são orientadas para diferentes prismas que vão de pena, condescendência, compaixão, empatia e mesmo ignorância à presença de um estudante com deficiência. Ausência de apoios especializados para responder com qualidade às necessidades dos estudantes com deficiência fragiliza os seus percursos educativos, sendo que as condições de ensino-aprendizagem não são favoráveis a Universidade não dispõe de meios de apoio e de compensação, e de equipamentos e mobiliário adaptado. Neste sentido, a relevância do estudo busca alertar cada membro e gestor universitário em relação à adopção de uma nova postura e paradigma no tocante à resposta que a instituição disponibiliza aos estudantes com deficiência, relativamente às condições ambientais e de ensino - aprendizagem e, a partir daí, apresentar propostas exequíveis, capazes de conduzir a uma resposta à altura das necessidades deste grupo de estudantes.