RECIMO – Publicações Científicas

O Repositório Científico de Moçambique (RECIMO) é um conjunto de serviços de informação, gestão, armazenamento, preservação, disseminação e acesso a objectos digitais produzidos no universo das actividades de ensino, investigação, extensão e inovação das Instituições de Ensino Superior e de Investigação Científica Nacionais.

O RECIMO subdivide-se em dois subsistemas de repositórios: Publicações Científicas e Monografias.

RECIMO – Publicações Científicas; regista e agrega teses, dissertações e publicações científicas tais como, artigos científicos publicados em Revistas Científicas com revisão por pares, livros académicos, capítulos de livros académicos, relatórios técnicos científicos, entre outros documentos aceites, produzidos pelas Instituições de Ensino Superior (IES) e de Instituições de Investigação Científica (IIC).

O RECIMO permite o acesso aberto a todas publicações científicas e académicas. O acesso aos metadados e documentos depositados é livre e gratuito. As publicações estão abrangidas pela licença padrão Creative Commons Internacional.

Para mais informações ou esclarecimentos entre em contacto através do helpdesk@recimo.ac.mz.

 

Recent Submissions

Item
RISCO SOCIO AMBIENTAL DO USO E OCUPAÇÃO DE TERRAS INUNDÁVEIS NA ZONA URBANA DO MUNICÍPIO DE LICHINGA (2021 A 2022)
(2023) Nelito João Nhamombe
O meio ambiente urbano é o espaço construído e que tem sido modelado em seu detrimento pelo homem, o crescimento populacional e urbano não planeado, trouxeram consigo consequências desta expansão urbana que geram o comprometimento dos espaços urbanos e do meio ambiente natural. Dentre os factores que contribuíram para o caos urbano tem-se o modelo capitalista que ocasionou a utilização da natureza de maneira predatória, comprometendo os recursos naturais e criando estruturas que podem colocar em risco a sobrevivência dos seres humanos. A pesquisa desenvolvida teve como objectivo avaliar o risco socio ambiental do uso e ocupação de terras inundáveis na zona urbana do município de Lichinga no período de 2021 á 2022, procurando entender como se deu o processo do uso e ocupação de terras inundáveis. No entanto a pesquiza teve uma abordagem qualitativa, baseou-se na revisão bibliográfica, documental, trabalho de campo, registros fotográficos da área, consubstanciada pelas técnicas de observação directa e a entrevista constituíram as técnicas de recolha de dados. A sua interpretação e a construção de gráficos foram através da SPSS versão 21 e Microsoft Excel 2010, pelos resultados obtidos verificou-se que a maioria dos morados são indivíduos que frequentam ou já frequentou o ensino secundário geral, com baixa renda sem emprego, com um rendimento abaixo de 100$ mensal, precariedade habitacional, deficiência de saneamento básico. Despejo de esgoto e deposição de resíduos sólidos no leito do rio e nas valas de drenagem, aterramento e a extração da areia em áreas inundáveis causado deste modo impactos socio ambiental no local. No entanto, conclui-se que as condições de moradias são precárias e que os problemas socio ambientais são decorrentes, as famílias que reside nessas áreas acabam exposta a uma série de riscos à sua segurança e à sua saúde, além de contribuir para a degradação do meio ambiente natural. Palavras-chaves: Inundação; socio ambiental, risco.
Item
O ENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO NA GESTÃO DA TÉCNICA DE TRINCHEIRA NA MITIGAÇÃO DE CONFLITOS HOMEM-FAUNA BRAVIA NA RESERVA ESPECIAL DO NIASSA
(2023) Almiro Hugo Cardoso
O presente trabalho resulta de uma pesquisa realizada na aldeia de Mbamba, localizada no distrito de Mecula, na Província de Niassa. Esta aldeia apresenta casos de conflitos com a fauna e está representada maioritariamente por duas espécies diferente, nomeadamente elefantes e búfalos. Os conflitos reportados nesta aldeia, acontecem em campos de produção e aldeia comunal, devido a proximidade da aldeia aos cursos de água e fontes de alimentos da fauna. Assim, a fauna para sobreviver tem sido forçada a fazer incursões na aldeia causando ferimentos e perdas de vidas humanas e invasão aos campos de produção, pondo em causa a segurança alimentar e nutricional das famílias rurais. De forma estratégica e devido a localização da aldeia de Mbamba, foi escolhida pelos moradores a construção da técnica de trincheira de modo a reduzir os conflitos existentes naquela região. A pesquisa teve por objectivo de avaliar o nível de envolvimento comunitário na gestão da técnica de trincheira na mitigação de conflitos homem-fauna bravia na aldeia de Mbamba, no período de 2019 que teve o início da construção da trincheira na aldeia ao ano de 2023 período que a trincheira já exerce o seu pleno funcionamento. De forma específica pretendeu-se: i) caracterizar a técnica de trincheira implementada na aldeia de Mbamba; ii) descrever o papel comunitário na gestão da técnica de trincheira; iii) Aferir junto da comunidade o nível actual de conflitos com a introdução da técnica de trincheira; e iv) sugerir medidas de garantia de desempenho dos mecanismos de participação da comunidade local na gestão da técnica de trincheira e dos recursos naturais. Com uma abordagem metodológica usando o método dedutivo, a pesquisa baseou-se na análise documental, consubstanciada pelas técnicas de observação directa e diálogo em forma de entrevista a 50 pessoas, envolvendo moradores e fiscais da Reserva afectos na aldeia, bem como o registo de imagens fotográficas. Das análises e observações feitas concluiu-se que: a trincheira de Mbamba é uma escavação feita em forma de vala, usando medidas e técnicas apropriadas na escavação. Os moradores da aldeia de Mbamba no desempenho do seu papel como colaboradores, desempenham diversos papéis tais como: monitoria na gestão da caça furtiva, controlo de fogo em queimadas descontroladas, gestão de animais problemáticos, realização de limpezas e manutenção da vala, entre outras actividades. Os moradores assumem que, a trincheira trouxe tranquilidade na comunidade, actualmente as pessoas conseguem dormir e produzir dentro da aldeia de forma segura, participam activamente na gestão da técnica de trincheira e dos recursos naturais e tem a sua representatividade pelos comités de gestão comunitária de recursos naturais. O sucesso da conservação na Reserva Especial do Niassa, depende do desenvolvimento de estratégias de coexistência de longo prazo na gestão de conflitos homem-fauna bravia, que beneficiem tanto a comunidade quanto a vida selvagem. O trabalho conclui que, o envolvimento da comunidade de Mbamba na gestão participativa da técnica de trincheira, procede-se através do envolvimento de alguns membros da comunidade local em comités de gestão comunitária de recursos naturais tais como: comités de pesca e de florestas e fauna bravia, sendo que, todos estes prestam contas aos conselhos locais de gestão de recursos naturais. Palavras-chave: Envolvimento comunitário; Gestão da trincheira; Mitigação; Conflitos homem-fauna bravia.
Item
MODELOS DE GESTÃO DA ZONA DE AMORTECIMENTO DA RESERVA ESPECIAL DO NIASSA: CASO DO POSTO ADMINISTRATIVO DE MUAQUIA -DISTRITO DE MAJUNE
(2023) Presseguido Bunaia Matiaco
O processo de conservação da biodiversidade em áreas de conservação conduz ao estabelecimento de uma área de amortização. No contexto conservacionista, a zona de amortecimento corresponde a uma faixa de terra que separa duas entidades geográficas, biogeográficas ou políticas diferentes. A nível internacional, vários tratados e convenções foram e estão sendo levados a cabo no sentido de salvaguardar ambientes florestais e faunísticos por via da conservação e delineamento de áreas protegidas. Foi nesse sentido que se realizou esta pesquisa com intuito de analisar o modelo de gestão da zona de amortecimento da reserva Especial do Niassa adoptado no Distrito de Majune. Para realização deste trabalho, baseou-se na abordagem quali-quantitativa na qual se fez uma triangulação metodológica, do fenomenológico hermenêutico ao cartográfico. Os resultados mostraram que a zona-tampão é gerida pelo Estado o que significa dizer que a responsabilidade recai sobre este, porém, este modelo gestão (gestão pelo Estado) é caracterizado por gestão através de uma Instituição Pública em que os recursos são provenientes do Orçamento Geral do Estado podendo, ser aceites fundos doados por outras entidades públicas ou privadas, os quais podem também providenciar assistência técnica e apoio na implementação das prioridades de gestão. Em termos operacionais, este modelo mostra-se ineficiente no que cerne a conservação da biodiversidade aliado à fragilidade de fiscalização, exiguidade de recursos e conhecimento técnico deficiente. O comité de gestão de recursos naturais criado está dependente do próprio Estado, da assistência técnica e apoio de organizações da sociedade civil comprometendo sobremaneira a sustentabilidade do mesmo equiparado aos objectivos da sua criação. Palavras-chave: Modelos. Gestão. Zona de amortecimento.
Item
IMPACTOS SOCIO AMBIENTAIS DAS PRATICAS DA AGRICULTURA DE SUBSISTENCIA NAS COMUNIDADES: CASO DA LOCALIDADE DE MESSALO
(2023) Isabel Fernando Mapapä Jamisse
A agricultura de subsistência ou familiar em Moçambique, e localidade de Messalo sendo parte integrante é caracterizada essencialmente por baixos rendimentos, não uso de tecnologias de produção, em que a força de trabalho é familiar. Esta actividade é de capital importância para o desenvolvimento das nações, e tendo grande contribuição nas vertentes económica, social e ambiental. No entanto as práticas de derruba e queimada aliada ao aumento da densidade populacional têm estado a criar pressão sobre as florestas para a expansão das machambas. Dai a razão da pesquisa que tem como objectivo avaliar os impactos sócio ambientais das práticas de agricultura de subsistência na localidade de Messalo com vista a propor medidas que culminem com a realização de agricultura sustentável. Metodologicamente o estudo é baseado na abordagem qualitativa, modalidade de estudo de caso, e de natureza aplicada, materializado pelo procedimento da consulta bibliográfica e pesquisa documental, pelas técnicas de entrevista semi-estruturada, questionário e observação directa. A pesquisa é exploratória o que contribuiu na descrição do perfil dos agricultores, as características da agricultura familiar e os impactos sócio ambientais, aonde usou se o programa ArcGis versão 10.8 para analisar o uso e cobertura de terra. Constatou se o prestígio social, consumo de produtos orgânicos, conflito homem fauna bravia, nomadismo, baixo padrão de vida como impactos sócias e, erosão, desflorestamento, degradação florestal como impactos ambientais. As queimadas figuram tanto nos impactos sociais bem como ambientais. Em média regista se a perda de 2,107.58ha/ano de floresta fazendo com que esta deixe de sequestrar cerca de 21,075.8ton/ano de CO2 correspondente a 7.9% a mais que a média nacional de 0.59%. Se a dinâmica de todas as variáveis manter se constante em menos de 35 anos não haverá florestas na localidade prejudicando o ambiente e as futuras gerações porque neste momento existe 75,778.23 há. Como soluções locais propõe se a produção em bloco, rotação de culturas, uso de adubo verde, sistemas agro florestais, criação de fontes alternativas de rendimento como a exploração do mercado de carbono, canalização constante dos 20 % da taxa de receitas consignadas de florestas e fauna bravia bem como a comercialização de produtos de valor acrescentado. Se todos os intervenientes neste processo de produção de alimentos e manutenção de florestas, fauna e biodiversidade (MADER, MITADER, MOPH, MINEDH, os governos a nível da província e distritos, os produtores, sociedade civil e liderança local) se engajarem e juntarem sinergias poderá ser mitigada a situação. Palavras-chave: Agricultura de subsistência; desflorestação, queimadas, agricultura sustentável e impactos sócio ambientais.
Item
ESTUDO DO CONFLITO HOMEM E O MEIO AMBIENTE RESULTANTE DA MINERAÇÃO ARTESANAL DE OURO NO DISTRITO DE LAGO: ESTUDO DE CASO DA LOCALIDADE DE LUPELICHI
(2023) Nelson Bonifácio Picardo
O presente trabalho tem como objectivo geral compreender o conflito homem e o meio ambiente resultante da mineração artesanal em Lupilichi, tendo em vista a mitigação dos problemas ambientais resultantes desta actividade. Fala-se actualmente do uso sustentável dos recursos naturais o que também envolve a questão mineira, assim sendo mostra-se importante estudar a relação entre o homem e o meio ambiente sobretudo na exploração dos recursos naturais que mostra-se não sustentável. A pesquisa é exploratória e de carácter experimental e envolve técnicas de colecta de dados como observação directa, inquérito por questionário e revisão bibliográfica, numa abordagem qualitativa. Os resultados mostram que a mineração artesanal em Lupilichi caracteriza-se por ser uma exploração feita por grupos de associados ou cooperativas usando como técnicas de exploração o aluvionar e o primário. Pode-se afirmar que existe conflito entre o homem e meio ambiente em Lupilichi, na medida em que toda acção que o homem exerce sobre a actividade mineira tem sobre si o retorno da reacção do ambiente. Para resolver os conflitos entre o homem e meio ambiente é necessário seguir rigidamente o regulamento de exploração mineira artesanal em Moçambique E por isso, chama-se atenção aos órgãos competentes para intervenção no sentido de reverter o cenário. Palavras-chave: Mineração Artesanal, Ambiente, Ouro, conflito.