A mitologia literária da morte entre os Varhonga: para uma análise crítica
dc.contributor.author | Muhate, Simião Alberto | |
dc.date.accessioned | 2024-06-05T04:53:43Z | |
dc.date.available | 2024-06-05T04:53:43Z | |
dc.date.issued | 2021 | |
dc.description | Doutoramento em Ciências da Linguagem Aplicadas ao Ensino da Língua Portuguesa | |
dc.description.abstract | A presente tese apresenta diversas questões relacionadas com a temática da morte no grupo etno-linguístico dos varhonga, nas suas crenças: os prenúncios da morte, os ritos fúnebres em função do estatuto do defunto, conforme se trate do chefe de família, de esposa, de nado-morto, de recém-nascido ou de morto por afogamento, etc. a imposição do símbolo do luto, a passagem social de defunto a ancestral. A tese coloca em diálogo a Filosofia, a Antropologia e a Literatura para a actualização dos estudos realizados por eruditos religiosos como Henrique Junod, do séc. XIX, cujas obras são constantemente revisitadas para a definição de modos e culturas endógenas das comunidades Tsonga. Neste sentido, a tese atesta a permanência da mitologia bantu contemporânea no imaginário do grupo etno-linguístico dos varhonga, no qual os mortos participam na vida social, fenómeno que prevalece mesmo depois da longa vigência de doutrinas importadas de fora do continente africano. Para testar a manutenção desta linha de pensamento, valendo-nos da nossa condição de docente universitário, decidimos reunir, acompanhados de estudantes e de outros docentes, textos produzidos de encontros com pessoas mais velhas, de diferentes comunidades de influência cultural varhonga. As conversas circunscreveram-se aos hábitos perante a morte de um ente querido. A perpetuidade dos hábitos culturais endógenos bantu indica o vínculo social que se mantém com os antepassados, cultura historicamente interdita no sistema das instituições de ensino, às quais o modo de entender o conheci-mento oral do passado e o estudo da simbologia, para além de Moçambique, pode situar as práticas regionais dentro de um sistema arquetípico. Como contributo didáctico pedagógico, a tese reposiciona o mito e a filosofia africana no centro das práticas de educação. Em contexto de sala de aula, a superestrutura é compreendida à luz da mitocrítica, capacitando o aluno a identificar os valores do seu passado histórico através dos símbolos universais e integrando a cultura quotidiana na escola através da recolha e produção de textos orais e escritos, que reflectem a identidade subjectiva e colectiva, conferindo dignidade às novas gerações. | |
dc.description.sponsorship | Supervisor Externo: Prof. Doutor Sérgio Paulo Guimarães Sousa Supervisão Principal: Prof. Doutor Lourenço Joaquim Costa do Rosário | |
dc.identifier.uri | http://comum.recimo.ac.mz/handle/123456789/416 | |
dc.language.iso | pt | |
dc.title | A mitologia literária da morte entre os Varhonga: para uma análise crítica |